Em todos os jogos, estive acompanhando os jogos da seleção em locais diferentes. A minha última aventura foi acompanhar o jogo das oitavas de final contra o Chile andando pela cidade, flagrando pessoas que não gostam de futebol.

Ruas pintadas de verde e amarelo, barulhos de buzinas e vuvuzelas, bandeirinhas nos carros e todo mundo vestindo camisa amarela. Nessa época de copa a cidade fica em constante festa.

Quando a partida começa as poucas pessoas que estão nas ruas correm para não perder nenhum lance, as lojas estão fechadas, somente alguns comerciantes insistem em trabalhar durante o jogo. Comércio de bebidas e bares estão de portas abertas.

As ruas ficam desertas, nos pontos de ônibus pessoas reclamam que estão a muito tempo esperando o transporte para ir para casa. É possível ouvir as pessoas torcendo dentro de suas casa.

Mas ao mesmo tempo em que o Brasil se mobiliza para torcer na copa, existem pessoas que não gostam e durante os jogos procuram fazer outras coisas. E nessa andança pela cidade encontramos alguns casos.

A dona de casa Rosa, moradora da Vila Monteiro prefere cuidar de suas plantas enquanto a seleção joga. “Eu não gosto de jogo, nem jogo do Brasil, do Palmeiras, do Corinthians, Nessa horas eu aproveito para fazer faxina,eles tão ganhando uma nota preta para jogar e eu não estou ganhando nada” declarou.

Na hora do primeiro gol do Brasil, todo mundo sai nas ruas, soltando fogos e bombas, agitando bandeira e tocando as vuvuzelas. No segundo gol, enquanto pessoas comemoravam nos bares nas proximidades da Igreja Santo Antonio na Vila Prado, uma dupla de aposentados prefere bater um papo em um dos bancos. “Eu não gosto porque futebol é política e dinheiro” disse o senhor que não tinha nome. Já seu companheiro Antonio disse que era mais gostoso ficar ali conversando.

Quando passamos na Rua larga flagramos a senhora varrendo “Eu não tenho vocação para ver jogo, sou evangélica e não tenho gosto por nenhum jogo, assim como meu neto” disse Ida Baldan.

Vimos muitas crianças brincando pelas ruas, pessoas lavando carros e quintais.

Na televisão as opções para quem não gosta era vasta, de novela mexicana à programas de fofoca, passando por seriados norte americanos e programas que vendiam jóias.