A atual situação do São Paulo Futebol Clube e a morte do
jornalista Roberto Avalonne, me fizeram lembrar dos áureos tempos de Mesa
Redonda Futebol Debate, onde nas noites de domingo, dirigentes de diversos
clubes de São Paulo usavam aquele espaço para lavar roupa suja e fazer
polêmicas vazias e sem futuro contra outros clubes.
Neste tempo, o São Paulo Futebol Clube tinha uma diretoria discreta, que não caia nessas armadilhas e mostrava em campo toda sua competência de gestão e de contratações. Essa atitude rendeu ao time diversos títulos e fama de ter a melhor administração entre os grandes de São Paulo.
Neste tempo, o São Paulo Futebol Clube tinha uma diretoria discreta, que não caia nessas armadilhas e mostrava em campo toda sua competência de gestão e de contratações. Essa atitude rendeu ao time diversos títulos e fama de ter a melhor administração entre os grandes de São Paulo.
Pois é, esses tempos parecem estar bem distantes mesmo. Já não somos mais referência de administração, nossas contratações milionárias não refletem em campo os valores pagos, os títulos estão cada vez mais distantes e nossos dirigentes, torcedores e conselheiros resolveram ultrapassar os limites do bom senso para se alfinetarem.
A vergonha no São Paulo Futebol Clube subiu um patamar e ganhou as manchetes do jornal "A Folha de S. Paulo" através de dois artigos.
Na última terça-feira, o diário publicou um texto do sócio Luís Roberto Demarco, intitulado “A Tragédia Tricolor”.
Nesta publicação, o são paulino relata que interesses pessoais estariam acima dos interesses do clube.
Ainda em seu texto, Demarco aponta como problema estrutural, a política envelhecida, radicalizada e sem perspectiva de renovação. O torcedor ainda apontou a idade dos dirigentes como fator de falta de visão e energia necessárias
“A gerontocracia asfixia o São Paulo”, disse Demarco.
Essas declarações causaram desconforto na diretoria, que pagou na mesma moeda.
O presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, assinou um artigo, na edição desta quinta-feira (28), no mesmo jornal.
Em sua publicação, que leva o título de “O torcedor e o oportunista”, Leco acusou Demarco de ambição em tirar proveito financeiro da instituição.
Segundo o presidente do SPFC, o torcedor cobrou R$ 300 mil por um software, que antes havia fornecido gratuitamente.
Leco também criticou a forma como Demarco se referiu aos diretores mais velhos.
“Confesso, com algum temor, que desconhecia o nível da ojeriza do autor aos idosos. Sua atitude, supostamente moderna, é preconceituosa e — ela sim— velha. Os conselheiros do São Paulo são parte de sua história”, falou o presidente.
Enfim, Independente do teor dos textos e culpados pelo fracasso dos últimos anos, o São Paulo Futebol Clube não precisa dessa exposição negativa. Esse tipo de atitude não trará os títulos, as glórias e as conquistas de volta.
Precisamos cobrar, precisamos nos unir, mas principalmente, o São Paulo precisa trabalhar na linha do profissionalismo para sair dessa situação que envergonha seu maior patrimônio, o torcedor são paulino.
Afinal, o São Paulo é maior do que tudo isso!
Crédito da foto:
A atual situação do São Paulo Futebol Clube e a morte do jornalista Roberto Avalonne, me fizeram lembrar dos áureos tempos de Mesa Redon...
