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Planejamento financeiro: Entenda mais sobre as reservas de emergência

16:33


Por Felipe Dick

No mundo das finanças pessoais, todos querem saber qual o melhor investimento ou o “do momento”. Eu vou te falar qual o primeiro e principal investimento que você deve fazer agora! É um investimento que todos devem ter, independente de classe, condição financeira, vida pessoal ou profissional! É a reserva de emergência!

O que é a reserva de emergência?
É um dinheiro que você tem disponível para utilização em casos de imprevistos. 

O que são imprevistos:
1. Perda de um emprego e/ou da renda principal
2. Gastos imprevistos emergenciais, como por exemplo
a. Doenças 
b. Manutenção corretiva emergencial (ex: estouro de um cano de água do apartamento)

O que não são imprevistos?
1. Compras 
2. Cursos
3. Reserva de oportunidade, utilizada para gastos mensais, compras ou outras coisas

Atenção: você não deve usar em hipótese alguma sua reserva de emergência, exceto para casos realmente emergenciais.

No momento que escrevo esse artigo, estamos na crise do COVID e, justamente agora, estamos vendo a importância desse investimento. Muitas pessoas estão precisando vender o carro ou a casa porque não tem dinheiro para se manter e, com isso, vendem muito abaixo do preço de mercado para que possam ter a grana rapidamente!

Quanto devo guardar?

A resposta mais correta é depende! Geralmente recomenda-se de 6 a 12 meses do seu gasto mensal, dependendo da sua situação familiar e profissional. Se possível, dê preferência para algo mais próximo de 12 meses. Alguns pontos a considerar...

Uma das principais perguntas que você deve fazer é, se você perder sua fonte de renda hoje, quanto tempo você demoraria para conseguir recuperar? E atenção, não subestime esse tempo, em tempos de COVID, a recolocação profissional ficou muito mais difícil, não? Bom, vamos também a alguns exemplos da importância da reserva de emergência...

Se você é Autônomo, você não necessariamente tem previsibilidade nos seus ganhos. De uma hora para outra, você pode perder toda sua renda, como foi o caso de muitas pessoas no cenário de COVID. Por isso, você deve ter uma reserva maior, em torno de 12 meses.

Se você é CLT, você tem uma previsibilidade um pouco maior da sua renda. Isso antes do COVID! 

Porque agora, você tem a redução da jornada de trabalho, de até 70% da sua renda. Com isso, você pode ter uma redução drástica do seu salário, mesmo empregado! Mas calma, ser CLT tem um fator positivo, em caso de demissão, você recebe o seguro do FGTS, logo, você, nesse caso de imprevisto, receberia um valor adicional ao que você tem guardado. 

Se você é funcionário público, por mais que tenha estabilidade financeira, é de conhecimento geral que existem casos de atrasos ou interrupções de pagamento, portanto você também deve ter uma reserva.

Mas também existem algumas exceções, vamos a elas!

Quando você deve ter uma reserva maior de 12 meses?

Se você tem um cargo muito especializado, como de um especialista de  pesquisa e desenvolvimento de medicamento para doenças raras, pode demorar um pouco mais na sua recolocação e por isso pode ser interessante ter uma reserva maior. Um outro caso pode ser de cargos executivos, como de um diretor de empresa. Eles levam mais tempo para achar um novo trabalho e muitas vezes precisam aceitar uma redução na recolocação profissional (também conhecido por “downgrade”).

Quando você pode ter uma reserva menor de 12 meses?

Existem alguns casos muito específicos de pessoas que podem ter uma reserva menor. Alguns exemplos são de pessoas que moram com a família e não contribuem com os gastos de moradia. Por exemplo jovens em início de carreira.

Outra classe de pessoa seria a de profissionais com estabilidade garantida por lei, como funcionários públicos concursados. Mas atenção, vale ter ciência de possibilidades de mudanças ou mesmo possíveis casos de suspensão ou atraso de pagamento.

Outro caso pode ser quando você tem um cônjuge com uma renda relevante, que pode garantir a renda da família por tempo indeterminado. Além disso, considere que a atividade do cônjuge não deve ser relacionada a sua pois em uma crise, ambos podem ser impactados ao mesmo tempo.
Onde investir?

Você deve focar em alguns itens imprescindíveis para essa reserva de emergência: 
1. Baixíssimo risco (por exemplo, risco de não receber o dinheiro aplicado de volta)
2. Previsibilidade (Ter juros pós-fixado, por exemplo indexados ao CDI ou Selic) 
3. Ter liquidez imediata (ou seja, possível de ser usado (ou sacado) em até 1 dia.

Dessa forma, diversos investimentos não são recomendados para reserva de emergência como ações, fundos imobiliários, aplicações financeiras com prazo maior de 1 dia, entre outros. Alguns investimentos muito utilizados como reserva de emergência são Poupança, Tesouro Selic ou CDBs de liquidez diária de “bancões”. 

Mas atenção, isso não é uma recomendação de investimento, é importante entender dos riscos e funcionamento de cada um deles! 

Se você quer entender um pouco melhor sobre esses 3 investimentos, vantagens e desvantagens, aguarde, em breve escreverei um pouco mais sobre eles.



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