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SKATE: Bate papo com Lucas Xaparral

14:01

Fs Rocknroll/ Foto: Marcelo MUG 

Skatista profissional desde 2007, Lucas Carvalho Xaparral é um exemplo a ser seguido com ou sem o skate no pé. Versátil com carrinho, Xapa, como é chamado pelos mais próximos, pode ser visto manobrando pelas ruas, pistas e transições. Na vida, uma pessoa apaixonada pela família, e que família bonita, unida e divertida, (quem viu os vídeos produzido por eles para o HomeSkate League sabe do que estou falando) composta por Flora (esposa), Gael e Maya (filhos).   

Família Xaparral
Com um guarda roupa digno de inveja para qualquer figurinista de filme, Xaparral apresenta o programa Xapa Driver, no canal Black Media. Além do carrinho, o skatista é apaixonado por motocicleta, paixão que herdou do seu pai (Xapa Master).


Conheça um pouco mais da vida desse skatista de 32 anos, paranaense, mas que fincou raízes na capital paulista.

EQM: Tempo de skate e quando se profissionalizou?
Xapa: 22 anos de skate e passei para profissional em 2007.

EQM: Quando deu as primeiras remadas, sonhava com uma vida toda em cima do carrinho?
Xapa: Quando eu comecei, não imaginava que seria um skatista profissional, aliás, nem sabia que existia toda essa cena por trás do skate.

EQM: Em qual momento você se deu conta que viver do skate seria uma realidade?
Xapa: Foi em 2004, quando ganhei o circuito amador e consegui um apoio da Element ( que ainda patrocina Xaparral). Foi aí que eu decidi parar de trabalhar e me dedicar 100% no skate.



EQM: Como foi o apoio dos seus pais durante esse início?
Xapa: Meus pais sempre me incentivaram. Eles ficaram preocupados na época que eu parei de trabalhar, mas o apoio sempre houve, principalmente quando eles começaram a ver as coisas acontecendo.


EQM: O skate sempre foi visto como transgressor e um tanto como marginal. Atualmente, alguns skatistas, assim como você, têm ajudado a mudar essa visão. Você já teve essa fase de transgressor?
Xapa: O skate sempre foi underground e isso existir é muito importante, pois o skate nasceu dessa rebeldia. Mas, acredito que isso vai muito de onde o skate circula. Por muito tempo ele circulou nas ruas e atingia uma galera que não se identificava com o resto do mundo. Hoje, o skate já é visto como algo mais normal, já está englobado na sociedade. Por mais que, para a gente, sempre vai ser um estilo de vida, ele já é abordado por muita gente como um esporte comum.  Essa transição foi inevitável e precisamos ver o lado bom disso tudo. Se o skate não tivesse crescido tanto, talvez eu não estaria vivendo dele.  

EQM: Atleta ou skatista?
Xapa: Não gosto de ser chamado de atleta, sou skatista.

Foto: Ivan Shupikov 

EQM: E alguns vídeos mais antigos, vi você se jogar em algumas escadarias, como a da Sé, e corrimãos. Hoje você se preserva mais?

Xapa: No próximo ano, pretendo lançar uma vídeo parte e, com certeza, terá escada e corrimão. Ainda estou pego, graças a Deus (risadas)  



EQM: Você acredita que já chegou no topo da carreira? Qual seria o ápice? O que falta você conquistar?

Xapa: Depende muito o que seria o topo. Mas acredito que são fases e eu já passei por várias fases na minha carreira. Fases de ganhar grandes campeonatos, ganhar notoriedade nas revistas e lançar vídeo-partes. Agora, estou em uma fase de construir projetos, ser um pouco mais independente, tomar frente de algumas coisas, mas sem deixar todo resto para atrás. Tenho trabalhado muito para manter tudo isso na ativa. Mas ainda tem muita coisa que eu quero conquistar como skatista e muitos sonhos para realizar.



EQM: Você é uma pessoa muito família. Qual a importância deles e da sua religiosidade nesse processo de uma imagem profissional?
Xapa: A minha imagem é o reflexo do que eu realmente sou. Eu não tento passar uma coisa que não seja verdade. Todo esse lance da família, da espiritualidade e de ser uma pessoa correta, é aquilo que tento ser no dia a dia e com todo mundo. Minha imagem profissional é um reflexo disso e não o contrário. Sempre fui muito dedicado e acabei construindo isso de uma forma positiva. Todos que me conhecem sabem que estou sempre me doando ao máximo para fazer o melhor nas coisas que eu me envolvo.


EQM: Como é o Xapa sem o skate no pé?

Xapa: Eu estou sempre pensando no skate, o skate está sempre dentro de mim.  Mas, eu sou essa mesma pessoa das redes sociais. Gosto bastante de brincadeira e tirar sarro, mas sou bem sério e comprometido. Faço tudo com muita paixão! 


EQM: Você acredita ser feliz? Qual segredo da família Xaparral?
Xapa: Eu sou muito feliz. Hoje, ter uma família abençoada, poder ver filhos crescerem, aprender com eles, dividir e compartilhar, é muito gostoso, muito bom. Uma experiencia única, que amadurece como pessoa e dá um gás extra para continuar correndo atrás e me dedicar aos projetos. Minha família é meu combustível diário.


Bs Smith / Foto: Flora Xaparral





EQM: Quem você gostaria de entrevistar no Xapa Driver?
Xapa: Uma pessoa que eu gostaria de entrevistar, que infelizmente não está aqui entre nós, é o Chorão do Charlie Brown Jr, por toda história que ele fez pelo skate, por todo mundo que ele ajudou e pela pessoa que ele era.

EQM: Qual recado você dá para aquele garoto que quer ser um skatista profissional?
Xapa: Se divirta em  cima do skate, se você não conseguir se divertir andando de skate, você não vai conseguir ir muito longe, pois acima de tudo, você tem que se sentir bem, se sentir feliz. Tem que fazer por prazer, pois senão, não vai aguentar os machucados, a correria e a superação dos medos. E você tiver prazer e diversão, uma hora vai acabar acontecendo.

Rapidinha:




EQM: Um exemplo de skatista?
Xapa: Tony Hawk

EQM: Um livro:
Xapa: Uma vida com propósito 

EQM: Uma frase
Xapa: Acredite em seus sonhos 

EQM: Um sonho
Xapa: Morar dentro de uma pista de skate

EQM: Um skatista
Xapa: Andrew Reynolds


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