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Futebol, uma paixão que atravessa fronteiras e que supera regimes

16:11


O que motivaria um país encravado no meio do mar caribenho, uma ilha que participou de apenas uma Copa do Mundo, em 1938, onde não há uma liga profissional de futebol e, que atualmente, ocupa a 181º no ranking da Fifa, atrás de países como Liechtenstein e Laos, a gostar deste esporte?

O que leva um país famoso por seus vitoriosos pugilistas e suas vencedoras equipes de basebol, que exportam jogadores para ligas como a dos Estados Unidos, a venerar tanto o futebol?

A resposta para essas duas questões só pode ser uma, a paixão. Aquele sentimento que faz algumas pessoas viajarem uma semana para acompanhar sua equipe em uma partida da Libertadores da América. Aquele sentimento que faz os mais durões se amolecerem de emoção com um gol marcado durante uma final de campeonato. Aquele sentimento, que sociólogos, filósofos e escritores tentam, mas não conseguem descrever.

[Mas voltamos para Cuba.....]

Não muito diferente do Brasil, o futebol é um dos esportes mais praticados na ilha de Cuba, principalmente, nas diversas praças espalhadas por Havana.  

São crianças chutando bolas furadas e adultos disputando uma bola com a mesma garra de uma final de copa do mundo. Tudo isso dividindo o espaço com os praticantes do basebol e com outras pessoas que querem simplesmente caminhar pela praça. (Eles sempre param o jogo, cada vez que uma pessoa passa no meio do “campo”)

Apesar de toda admiração pelo Brasil, as equipes brasileiras não são tão conhecidas por lá quanto nossas novelas.

As camisas mais cobiçadas são dos dois grandes da Espanha, Barcelona e Real Madrid. 
Aliás, essas duas equipes são verdadeiras paixões dos cubanos, que sempre se reúnem para assistir suas partidas.

Durante minha estadia em Havana, o clube merengue e time liderado por Leonel Messi se enfrentaram pelo campeonato Espanhol e eu descobri que essas equipes dividem mais o país do que o regime de Fidel Castro.

Antes da partida, torcedores desfilavam com suas camisas e tremulavam suas bandeiras pelos carros. Durante a partida, os que não conseguiam entrar nos cinemas da cidade, procuravam um televisor em qualquer bar.

Copa do Mundo

A muitos km de distância da Rússia e sem nenhuma perspectiva de participar de uma Copa do Mundo, os cubanos ainda sim acompanham um dos mais importantes eventos esportivos do planeta.

Um exemplo foi a reportagem da agência de notícias AFP, que mostrou a festa dos cubanos de Bauta, a 30 km de Havana, que adotaram a seleção brasileira. A cada jogo da equipe canarinho, eles se reúnem para torcer pelo Hexa.
(vejo o vídeo)

Por isso, a paixão pelo futebol vai além de qualquer explicação que os especialistas tentem dar e por isso, o futebol não pode e não deve sair nunca das mãos do Povo.

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