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Viva Che!

14:53


Nesta quarta-feira (14), o argentino-cubano Ernesto Che Guevara completaria 89 anos de idade. Assim como a ilha de Cuba, que ele ajudou a libertar das garras do capitalismo selvagem, das mãos do imperialismo e do comando de um ditador, que governava não pelo povo, mas pelos interesses Yankees, a figura de Che ainda é lembrada por todos.  

Também como Cuba, as opiniões sobre Che se divide. Existem aqueles que odeiam, que o chamam de assassino, mas também existem muitos que o idolatram por feitos realizados ao redor do mundo.

Eu nunca fui fã de super-heróis, sempre gostei do Chapolin, que mesmo sem super-poderes conseguia dar a volta por cima, assim como a grande maioria da população dos países do terceiro mundo. Mas se fosse para escolher um herói de verdade, com certeza seria Che. 

Dessa forma, não é difícil admirar uma pessoa que abriu mão de uma carreira de médico, de uma posição confortável na sociedade e que deixou os discursos de lado para tentar mudar o mundo de maneira prática.

Prédio do Ministério da Comunicação, em Havana- Cuba- Foto:David C. Fugazza
Uma pessoa que abriu mão de viver e de estar com a família para lutar por povos e por pessoas desconhecidas.

Pois é, esse foi Che, que saiu da sua vida tranquila na Argentina para lutar pela liberdade de Cuba, que arriscou sua vida pela libertação do Congo e que morreu pela liberdade da Bolívia.

Muitos vão falar que ele era um assassino, que matou muitas pessoas, que tirou a vida de muita gente. 

Mas vamos ser verdadeiros, amigos. Ele estava vivendo em uma guerrilha, vocês achavam mesmo que ele daria uma flor para o inimigo, que o mataria sem hesitar? Aliás, a morte nunca foi um empecilho na luta pelas suas causas.
Mausoléu de Che Guevara, em Santa Clara- Cuba -Foto: David C. Fugazza

Vi pessoas dizendo que Che era racista, mas por que ele viveria em Cuba, uma terra com tantos negros e por que ele lutaria pelo Congo? Afinal, ele foi para a África, ao lado de militares cubanos negros e lutou ao lado negros congoleses.

Ao contrário do que muitos pensam, havia ética na conduta com os prisioneiros de guerra, que muitas vezes eram traidores da pátria. O que os livros contam é que havia um julgamento e que os presos eram tratados com muita dignidade. Tanto é que muitos soldados que faziam parte do exército de Fulgêncio Batista, passaram a incorporar a revolução cubana.

Enfim, cada um pode ter sua opinião sobre Che, mas é preciso reconhecer sua história de luta, rebeldia e enfrentamento diante as desigualdades do mundo.  É necessário reconhecer que ele foi uma figura importante na história do mundo. 

Em Cuba, Che é uma figura muito amada e idolatrada. Por onde se anda é possível encontrar desenhos, fotos, imagens e frases estampadas. As pessoas andam com camisetas com sua foto. 

Essa paixão é duplicada quando falamos da cidade de Santa Clara. O município onde os restos mortais do revolucionário se encontra, está repleto de homenagens.

Viva Che Guevara e que a chama do seu exemplo nunca morra.   


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