Uma Justa homenagem ao Rei do Baião, no plim, plim

13:13


Depois de milhares de críticas feitas a Rede Globo, mostrando em horário de muita audiência um forró que não existe, como por exemplo, na Dança dos Famosos, a emissora líder no Brasil se redimiu de certa forma e finalmente fez uma justa e merecida homenagem a esse ritmo nordestino e a esse personagem ilustre chamado Luiz Gonzaga.

Há tempos, nós forrozeiros e amantes de boa música pedíamos essa manifestação e aconteceu no programa Encontro com Fátima Bernardes. 

Juro, que fiquei surpreso em ver que o programa era inteiramente dedicado ao nordeste, ao forró e ao Velho Lua. Fiquei muito feliz com os temas abordados, e  em ver no palco Chambinho e a Banda Falamansa. Sem falar do especial que fizeram sobre Jackson do pandeiro, outro artista que merecia mais destaque.

Lógico que não sou bobo de achar que essa homenagem veio porque eles gostam de ver o forró na mídia. Está na cara que é uma jogada de marketing do filme, já que saiu em todos os veículos do Grupo Globo, desde programas televisivos até mesmo no jornal impresso. Alias, essa produção é da Globo Filmes. Mas isso pode passar batido, pois o importante é que levaram o forró para mídia novamente.

Polêmico, não ia ficar somente nas coisas boas do programa, como bom amante do forró e jornalista tenho que analisar muito além do fato de ter ido a mídia. Por isso faço aqui algumas críticas ao programa.

Primeiramente acredito que produção poderia ter se dedicado um pouco mais e feito uma pesquisa mais apurada para mostrar todos os lados do forró. Poderiam ter usado mais fontes e fontes mais confiáveis para se falar da origem do forró.

Procuraram uma casa de forró que eu nem sabia que existia. Passaram a imagem que o forró é coisa de velho e nordestino, quando todos sabem que quem leva o forró para frente é a juventude.

Algumas casas de forró de São Paulo são tradicionais e deveriam ser procuradas para mostrar que os jovens estão no forró. Que o forró é como qualquer outra balada.

Em relação a dança, acho que eles foram no mais fácil, procuraram um professor de dança de salão e ele mostrou um lado da coisa. Lógico não poderia deixar passar em branco o momento em que o câmera man, preferiu mostrar a Fátima dançando o basiquinho, do que o dançarino tentando praticar seu exibicionismo.

Em relação ao Tato, acho que ele foi super infeliz ao dizer que o forró não tem um público específico, pode ser que no show deles, que hoje é muito mais para o povão, não tenha mesmo. Mas quem é do forró sabe que tem um público muito fiel por sinal, que viaja centenas e milhares de km, para dançar forró.

Bom, essa aparição gerou muito comentário e ressurgiu uma idiota discussão de quem gosta de banda, quem gosta de trio.

Estou falando por uma boa parte dos forrozeiros, ninguém menospreza  (seria um absurdo fazer isso) a importância da banda Falamansa para o cenário do forró. Eles são sim, responsáveis pelo inicio da vida forrozeira de muitos ou da grande maioria.

Mas, ninguém é obrigado a seguir engessado, ouvindo o mesmo estilo, as mesmas músicas de 10, 12 anos atrás. 


Quem realmente gosta do forró, quer muito mais e isso independente de ser banda ou trio.

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