,

Pelo bem do Forró by Tato (Falamansa)

11:50


Olá galera, resolvi postar esse texto do Tato, do Falamansa, por alguns motivos. Recebi ele através do grande Madruga e achei que ele deveria estar em algum lugar público para as pessoas darem suas opiniões.


Muitos criticam o Falamansa e creio eu que eles nunca tiveram voz nessa discussão. Esse texto mostra que els também estão preocupados com o forró. Por isso abri o meu blog para ser um canal de discussão sadia.

Por favor, os que opinarem, identifique-se e use argumentos e não ofensas.... Abraços!!!

Apesar do texto ser longo, vale a pena ler até o fim:

Agora são 4:44 da manhã( que horário mais marcante para o momento) e levantei da minha cama movido por um turbilhão de pensamentos que giram em torno da palavra "Roots", que até 8 anos atrás era aplicada ao forró mais tradicional, movido pela zabumba, triângulo e sanfona, e era tão somente uma denominação de um estilo e não uma demarcação de território que hoje é egoístamente aplicada ao "forró para poucos", "forró que só eu conheço", "forró não comercial"(Tá bom!), "forró só eu quero ser rei" e que está matando um movimento tão grandioso da nossa cultura que acontece no sudeste e centro oeste (aliás , ironicamente bem longe de sua raíz) chamado forró universitário.

Mas o que é "roots"? Qual o significado da palavra? Já começa aí um fato curioso: Nada menos "roots" do que usar para falar de algo tão "raíz" da cultura brasileira, uma palavra em inglês, não é mesmo? Mas indo mais a fundo, "roots", que significa "raíz", parte de uma denominação botânica para a parte da planta que na maioria dos casos, fica fincada a terra, base de sustentação e de extração de minerais e água do solo. Não sou nenhum botãnico mas acredito que raíz, cada planta tem a sua. Vc não vê um pé de jaboticaba de um lado do quintal, com a mesma raíz que um pé de laranja do outro lado, mesmo estando eles todos no mesmo pomar. Mas ambas convivem harmoniosamente podendo uma atender a quem gosta de jaboticaba e outra a quem gosta de laranja. Agora, já imaginou se todas usassem a mesma raíz? Em pouco tempo todas as frutas do pomar teriam o mesmo gosto e essa raíz não teria força para levar a todas as árvores os nutrientes e esse pomar secaria.

Acredito que no forró seja mais ou menos assim. Existem as" árvores" mais antigas, com raízes mais fortes, que servem de inspiração para as "árvores" mais jovens e que ainda estão fincando suas raízes. Mas cada um tem a sua raíz e não adianta esperar que uma nova árvore tenha a mesma raíz que aquela árvore antiga. Todas dão frutos e só com todas produzindo, esse "pomar" dará frutos para sustentar um movimento grandioso, forte e sadío que possa chegar até as futuras gerações. Lembrando também que assim dessa maneira ninguém vai chegar até o pezinho mais novo sem conhecer as grandes árvores mais antigas, ou vice-versa, e isso é saudável para a cultura.
Saindo desse "pomar" e falando mais abertamente, esse ano completo 15 anos de forró e acho que já tenho um pouco de experiência(não tanto quanto os grandes mestres é claro) para falar do assunto. Fiquei rolando na cama pensando nessa palavra "roots" e quero colocar aqui tudo o que, PARA MIM, é "ROOTS". Percebi que sou extremamente "ROOTS" dentro da minha própria raíz.

"ROOTS" foi voltar da Alemanha em 94 e ao invés de ir curtir para Porto seguro como todo muleque da época, ir para uma vila de pescadores no norte do Espírito Santo. "ROOTS" foi morar em São Paulo numa kitchnete no centro, e desenhar, xerocar ,recortar e distribuir panfletos com os dizeres "Forró Universitário"(a nossa equipe chamava "Roots Produções" ,olha que irônico!!), e panfletar diariamente nas portas das principais faculdades tendo que ouvir frases como :"- Forró??!! Cê tá louco!!" ou "-Credo!! Isso é coisa de paraíba!!" ou o pior, ouvir risos daquela "patricinha" que , ,a partir deste dia, passava a me olhar com desdém. "ROOTS" pra mim, era sair da aula todos os dias as 11 da noite, esquentar um miojo no microondas e sair correndo sem nem tomar banho pois tinha que chegar no forró as 11 e meia para bater o cartão e começar a trabalhar discotecando até o último cliente. "ROOTS" pra mim, era ter que deixar sempre meu carro na descida pois ele só pegava no tranco e ainda passar pelo vexame diário de empurrá-lo na frente da balada todas as madrugadas quando saía do trabalho.

"ROOTS" pra mim foi ir tantas vezes para Itaúnas, mas sempre tendo que trabalhar para garantir minha estadia.

"ROOTS" pra mim, era sempre deixar o forró 2 horas antes do que todo mundo, e atravessar as dunas tocando uma mula cheia de engradados, côco e o que mais precisasse para abrir a barraca em que eu trabalhava antes que todos chegassem, e ainda ter que bombear água para a caixa d'água durante uma hora, pra não faltar durante o dia.

"ROOTS" pra mim foi cantar todo o final de tarde na praia durante 5 ou 6 horas só com um violão e a voz sem receber nada por isso, e em muitas vezes cuspir sangue (sério!!) de tanto forçar as cordas vocais. "ROOTS" pra mim foi compor "Rindo a toa" e "Xote dos milagres", músicas que juntas venderam 2.000.000 de cópias originais e sabe lá quantas piratas. "ROOTS" pra mim foi ir pela primeira vez ao Faustão e ouvir o diretor dizer não toca essa música não que acho que não pega, toca algo mais animado ! (A música era "Rindo a toa" !!) "ROOTS" pra mim foi ganhar o prêmio Multishow de revelação e ser advertido pelo dono da gravadora para não falar a palavra "forró", mas sim, "MPB", pois ele previa que isso era só um movimento, e que iria se acabar, mas mesmo assim, subir no palco e dizer: "-Dedico esse prêmio a memória de Luis Gonzaga e a todos que fazem o forró pé de serra!" . "ROOTS" pra mim é ouvir de tantas pessoas histórias de superação através da minha música, como cura de depressão, e até , acredite ou não, 2 vidas salvas de pessoas que iriam se suicidar mas desistiram ouvindo uma determinada música da Falamansa."ROOTS" pra mim é ter retirado um tumor de 10cm x 8cm do meu cérebro e voltar aos palcos em 24 dias enão em 5 meses como previam os médicos. "ROOTS" pra mim é ir todo ano para os principais festejos juninos do Nordeste, representando uma sonoridade deles mesmos num palco cheio de bandas de forró eletrônico( que aliás temos que aprender a respeitar, pois são trabalhadores como nós. Respeitar!Não precisa gostar! ). "ROOTS" pra mim é compor 95% do meu repertório. "ROOTS" pra mim é pelo décimo ano consecutivo, estar entre os três maiores arrecadadores de direitos autorais no mês de junho(junto de Luiz Gonzaga e Lamartine Babo) "ROOTS" pra mim é, enquanto as outras bandas trabalham músicas que falam de cachaça, sacanagem, traição, escolher o tema consciência ambiental para levar para os palcos do Brasil inteiro, mesmo que isso signifique não tocar na rádio. Por fim "ROOTS" pra mim é ainda, depois de tanto tempo, tantas conquistas, 90 shows por ano, uma esposa maravilhosa, um filho abençoado por Deus, levantar da cama as 4:44 da manhã e escrever até as 7:12 sobre um movimento que , de acordo com alguns , nem faço parte mas que estou vendo se corroer a cada dia pela inveja, egoísmo, egocentrismo e pela falta de consciência cultural e união.

Fala-se tão mal do sertanejo mas temos que aprender com eles essa palavra: UNIÃO. Eles sim sabem valorizar os artistas que são mais conhecidos entendendo que o futuro das novas duplas e até dos sertanejos mais "ROOTS" estão nas mãos deles. Qualquer casa de pequeno porte sonha em ter uma dupla famosa tocando! Porque no nosso forró não é assim? Tem casa de forró que não quer colocar quem não seja "ROOTS" pois "Nosso público é assim"!! Festivais que não querem bandas grandes porque "Nosso público é assim"!! "ROOTS" Uma hora o público "ROOTS" se casa, tem filhos , somem do circuíto e aí as casas ficam as moscas!! Nada impede de uma casa dividir o espaço entre "ROOTS" e "Comercial". Isso é bom!! Abre o leque de oportunidades!! Marketing é bom!! tudo precisa de marketing!! O nome "ROOTS" é marketing!! Dançar descalço é marketing!!

Pra finalizar, deixo-me a disposição para ser um pilar dessa união, aliás como já venho tentando fazer, gravando com bandas que as vezes nem conheço, propondo a casas de forró condições mais bacanas e até, contrariando meus próprios companheiros de banda( por causa da possibilidade de perder datas com a Falamansa), fazendo participações em shows de outros trios e bandas para alavancar o movimento. Mas que fique claro aos aproveitadores que empobrecem o movimento, não venha com essa de " faz baratinho pra valorizar o movimento". Faço desconto e parceria, mas não desvalorizo o meu trabalho pra você ganhar dinheiro! E isso vale pra todas as bandas, não deixem sugar de vocês o dom mais precioso que é seu talento em troca de um engradado de cerveja!

Valorize-se!! Se todos se valorizarem, todos ganham mais. Dominguinhos já disse isso a 20 anos atrás e tá acontecendo de novo!!
Agora vou dormir, esperando que absorvam só o bem nas minhas palavras e espero não ter ofendido ninguém. Aos que não gostam de mim ou da Falamansa,não fiquem procurando erros no meu texto para criticar ou se sobrepor como quem diz "-Olha o que eu falei pro cara do Falamansa!! Eu sou foda!!". Tudo que expressei aqui é o meu sentimento mais puro, sem ódio(talvez revolta!) no coração. Se concordar demonstre o seu apoio, se não, continue agindo do mesmo jeito e apenas ignore as minhas palavras.

Um sincero abraço para todos os forrozeiros do Brasil e façamos deste momento um recomeço e não a continuidade do caminho que leva ao fim. Hoje não dependo do movimento, mas tenho um carinho muito grande pelos trios e bandas que dependem e é por eles e pela cultura que estou lutando. Todos somos "ROOTS" nesse pomar musical!! Aliás, troque todas as palavras "ROOTS" que escrevi pela frase "AMOR AO FORRÓ" e verá que o texto fará ainda mais sentido!!!

TATO

VOCÊ PODE GOSTAR TAMBÉM

29 comentários

  1. Eu vou abrir aqui a discussão dando a minha opinião.

    Bom, primeiramente, tenho certeza que esse texto mexeu com muitas pessoas e espero que isso possa trazer a gente de volta a realidade.

    Para mim, nunca existiu esse termo roots, eu sempre uso o FORRÒ PÈ DE SERRA.

    Em relação ao Falamansa, eu mesmo já fiz duras criticas aos meninos, mas em relação á uma descaracterização do forró, em um show que eu assisti na cidade de São João da Boa Vista, interior de São Paulo. Onde me senti em uma micareta. Minha outra critica foi em relação a banda não falar em momento algum no site que é uma Banda de Forró.

    É inegável também a importância dessa Banda na vida da maioria dos forrozeiros que hoje se dizem "roots".

    Acredito que estamos todos no mesmo barco e o Falamansa pode ajudar a levantar o forró novamente na mídia, juntamente com Duani e outros trios.

    Bom, essa é minha consideração inicial;

    ResponderExcluir
  2. Sou de total acordo com esse belo texto do Tato, um excelente pensamento.
    Tenho muita admiração e respeito pelo trabalho do Tato e da Falamansa, e na minha humilde opinião o forró pé de serra deve muito a eles, pois ajudaram e conseguiram expandir o nome do forró pé de serra.
    Infelizmente a desunião, a falta de respeito, inveja, falsidade e dentre outras coisas ruins que existem na vida e é muito grande dentro do movimento do forró pé de serra, é que realmente não permite que o movimento cresça e tome voos mais altos, pq muitos que se dizem forrozeiros e "ROOTS", nem sabem da essência do forró, do seu valor da sua história, não fazem nada de útil para realmente ajudar e são os primeiros a criticar, a dizem que sabem, que fazem e acontecem e blá blá blá... mais na verdade querem mesmo e aparecer.
    VAMOS BUSCAR E FAZER A UNIÃO, O RESPEITO E SABER USAR A PALAVRA POR AMOR AO FORRÓ!!!

    Alex Corrente

    ResponderExcluir
  3. Poxa, muito bacana o texto dele! Eu me denomino entre os "roots' pq o forró que resgata mais profundamente as raízes é a minha preferência! Mas nunca cruzei os braços quando estou numa casa onde está tocando uma banda de forró pop! Porque pra mim forró é muito mais que a música que está tocando: é fazer amigos, é me divertir, é dançar, etc! E sei o quanto as bandas camerciais são importantes pro nosso forró! Afinal, foi conhecendo primeiramente essas bandas é que eu fui buscar mais a fundo o forró pé-de-serra! Coloca um disco de vinil pra quem nunca foi a um forró, a maioria vai odiar! Todos são essenciais pro movimento ser valorizado! Mas, é preciso um bom senso das bandas comerciais ao expor o trabalho, ao expor que tipo de banda de forró é! Um tem que abrir espaço pro outro,e ambos se respeitarem!
    beijos
    Juh (Vampira) - Vix

    ResponderExcluir
  4. Carlos Massuretti de Jesus: forrozeiro desde 1998...amante do forró xamegado, duído e com muito sentimento

    Antes de mais nada, quero deixar claro que o meu post não tem a intenção de ofender ninguém, ou algo parecido, é simplesmente a minha opinião (vou dividir em 2 posts)

    Bom querido Chaves, como vc sabe não posso deixar de comentar assuntos polêmicos (esse é o meu combustível de todos os dias). O texto de nosso querido Tato tem vários pontos interessantes, os quais vou comentar a favor, ou criticá-los: Não sei até que ponto a analogia do Tato de raízes de árvores e forró é valida.... pelo simples fato de que todos podem ter raízes diferentes, claro, mas estas raízes tem como base um movimento (forró) que todos sabem de onde vem tudo isso (Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Marinês, Jackson do Pandeiro, dentro infinitos outros). Considerando isso, não é o fato de você ter as mesmas raízes....que o gosto das frutas (ou do forró) será o mesmo (já que usando esta analogia), a “única” coisa que a raiz faz (Luiz Gonzaga) é levar a matéria inorgânica e água até as folhas (que podem ser consideradas como cada uma das bandas e trios de forró que existem), com cada um dos ramos produzindo os seus próprios frutos. Então a parte do texto em que o Tato diz: “Em pouco tempo todas as frutas do pomar teriam o mesmo gosto e essa raíz não teria força para levar a todas as árvores os nutrientes e esse pomar secaria” é no mínimo incoerente e sem sentido. Na minha opinião, quando se fala em forró...se as raízes não forem iguais, são muito semelhantes.
    Concordo com o Tato quando ele diz que: “Percebi que sou extremamente roots dentro da minha própria raiz”...é de se esperar que todos sejam assim mesmo, mesmo porque se for ao contrário é bem provável que esta pessoa esteja tendo problemas de identidade, seja ela qual for.
    15 anos de forró, e me lembro muito bem do começo do Falamansa (tocando no remelexo-sp)....a loucura que era aquele lugar abarrotado de gente, disputando um espacinho para dançar (o repertório e jeito de tocar....completamente diferentes dos dias atuais). Lembro perfeitamente as gravações deles sendo espalhadas pela internet e a vontade de ter um CD. Depois o que me lembro, são as minhas sucessivas “decepções” e o distanciamento deles do que eu considero como bom e próximo das raízes.

    ResponderExcluir
  5. Continuando, sobre o que é ser Roots....o Tato descreve parte da vida dura que ele teve até vender as sei lá qtas cópias de rindo à toa....foi duro ? claro que foi....aliás, é para a maioria das pessoas.....quando vc quer algo, tem que ir buscar. Então, eu penso que toda essa conversa foge um pouco do foco.....1 - Eu penso que cada um contribui da melhor forma para ampliar, eternizar ou não deixar o forró morrer (cada um no seu quadrado, o importante é representar algo em que vc acredita). 2 – Não me venha falar em egoísmo (começo do texto do Tato) quando são utilizados termos ou frases para designar o forró com Triangulo, Sanfona e Zabumba. Já que como ele mesmo disse, cada um tem uma raiz....e se essas raízes são diferentes, nada mais justo do que existir termos para diferenciá-las (não estou sendo preconceituoso, ou querendo criar um movimento separatista do forró). 3 – Preciso comparar: na minha opinião o forró não irá morrer se as bandas e trios (de forró comercial) deixarem de existir....simplesmente porque enquanto existir (as não tão comerciais) como Trio Nordestino, Dona Zéfa, Dona Zaíra, Xamego, Bastião (e tantos outros que surgem a cada dia), e nós forrozeiros...o movimento nunca vai deixar de existir !!!!!!!

    Concordo com o tato quando diz que precisamos respeitar o forró comercial (eletrônico, seja lá qual for), e não gostar necessariamente....mas isso não significa que eu não posso criticar. Muitos podem dizer...é fácil criticar...pode até ser....mas é isso que faz as pessoas pensarem e agirem de acordo com as suas vontades e raízes.

    Tato fala sobre egocentrismo...nada mais egocêntrico do que a fala dele...falando dos prêmios, das pessoas que compraram seus discos, que eles são uma banda grande, Multishow, Faustão...e mais uns três parágrafos exaltando as suas conquistas. PONTO.

    Por fim ele fala de união....concordo que a união é muito importante e fortalece as nossas vidas e movimentos. Sou extremamente a favor da união....mas infelizmente....nós seres humanos temos dificuldades nesse ponto aí, devido a sermos egoístas, egocêntricos, pensarmos em DINHEIRO, querer o melhor p/ nossas famílias etc etc. Assim, existem coisas que não se “misturam”....forró de Luiz Gonzaga com forró eletrônico e forró comercial / Sertanejo de Tonico e Tinoco com Bruno e Marrone. A única coisa que une isso é a palavra forró (como eu já disse, cada um faz o melhor para levar a bandeira)....é uma falsa ilusão querer juntar isso (com ou sem amor ao forró)

    ResponderExcluir
  6. Então falei isso pro tato de forma particular mas quero compartilhar com todos, eu e grande parte dos forrozeiros que se dizem "só roots" aprenderam a dançar forró e mesmo descubriram o que é o forró atravez de "modinhas" como infelizmente algumas bandas são rotuladas, como Falamansa, Rastapé, Malino entre outras... Tenho um respeito enorme por eles e acredito que se você ama o forró naum vejo essa diferença de roots pra modinha e gostaria sim de ve-lós em meios que hoje em dia nem se fala mais dos artistas e popularizaram o forró pé de serra...
    Thátila Oliveira

    ResponderExcluir
  7. Ainda sou uma "iniciante" no forró pé-de-serra. Vai fazer um ano que conheci o forró (semana que vem, inclusive, quando começa o Festival de Itaúnas). E, ao ler as palavras do Tato, percebi que elas se inserem em um questionamento muitas vezes levantado por mim, logo depois que voltei do Rootstock, o ano passado.

    No Rootstock, lembro-me muito bem, quando comecei a compreender a colisão de ideias existente no movimento do forró. "Eu não giro, eu chuto, sou roots", estava na camisa de um forrozeiro. Bem, como podem presumir, eu não dancei com essa pessoa, pois, como mal sabia dançar, arriscava-me apenas nos giros mesmo e na condução. Hoje, eu até sei acompanhar alguém que dança estilo roots (se é que essa denominação existe mesmo) com chutes e tudo mais. No entanto, fico me perguntando até quando vale fazer essas diferenciações. Afinal, para mim, se eu sou ou não forrozeira não é determinado pela minha forma de dançar, ou pelas músicas que eu escuto, ou se a banda toca apenas ao som do triângulo, zabumba e sanfona.

    Hoje eu me considero,sim, uma forrozeira. Se Roots, bem, isso eu já não sei. Só sei que depois que eu conheci o forró, foi amor à primeira vista: não consegui parar mais. Gosto de estudar, ler sobre forró, ouvir músicas que remetem ao nordeste, mas também a nossa realidade atual, afinal, é natural procurar a sua identidade nas coisas.

    Eu estava com o meu TCC praticamente pronto o ano passado, mas desisti do tema porque queria fazer algo pelo forró*. Por amor, não aos trios ou bandas, porque esses passam e logo vem outros para substituí-los. Mas, pelo forró, essa cultura, que é nossa responsabilidade não deixar morrer.



    *Meu TCC é um site reportagem sobre o forró pé-de-serra, que será lançado em dezembro deste ano.

    ResponderExcluir
  8. MAICON FUZUÊ

    Por Amor ao Forró!
    Vou deixar bem claro aqui...
    Venho de familia alagoana.Minha vó cantava forró de Marinês,Jackson,gonzaga etc,meu avo sanfoneiro,me inspirei em um tio sanfoneiro também sanfoneiro.nasci em berço de ouro,não toco forró por tocar.Isso que tenho é divino,ta no meu sague.

    Posso afirmar a todos que tenho um bom conhecimento na minha área(forró pé de serra)Acho um absurdo alguém criticar uma pessoa que simplesmente colocou o forró onde ninguém conseguiu colocar em toda história depois que se Luiz morreu.

    Se nao fosse o dom DIVINO e o talento que o Tato tem,nem o HOOTS,existiahoje podemacreditar...Sou um Fã eterno da FALAMANSA des da primeira vez que ouvi...só quero deixar uma confirmação aqui.

    FALAMANSA é,foi e sempre será forró pé de serra de sanfona zabumba e triangulo.Sinto muito em dizer aos que criticam a FALAMANSA,nao tem conhecimento nenhum de forró,nao sabe nem o que é isso.

    Tato siga em frente tamo junto sempre,com alegria e felicidade fazendo o que a gente sabe FORRÓ!
    QUE DEUS ABENÇOE A TODOS...

    Maicon Fuzuê O Sanfoneiro do Povo.

    ResponderExcluir
  9. BOM GALERA, DEIXO AQUI MEU COMENTÁRIO SOU FILHO DE PAI E MÃE CEARENSE, ESCUTO FORRÓ DESDE Q ME ENTENDO POR GENTE, MESMO SEM GOSTAR QUANDO MOLEQUE PORQUE ACHAVA Q ERA MÚSICADE VELHO, INFELIZMENTE E Ñ ESTAVA MÍDIA E ERA COISA DE GENTE POBRE ETC, CRESCI UM POUCO E AO APRENDER A DANÇAR FORRÓ, TB FOI A ÉPOCA EM Q O FALAMANSA SURGIU NO CENÁRIO E ETC, CONCONRDO COM O TATTO Q CONSEGUIU TRAZER PRA MÍDIA E ETC, TEM UM GRANDE VALOR, E A VIDA ME FEZ SEMDJ DE FORRÓ PÉ-DE-SERRA , MAS CONHEÇO A NOSSA RAIZ MUITO BEM, SEI Q Ñ TEM ESSA DE SABER TUDO E ETC, O FORRÓ VAI ALÉM DAS PESSOAS PRODUTORES,DJS,MÚSICOS E NOSSA CULTURA AGORA HJ EM DIA Ñ SOU FÃ ESTILO MAIS POP PORQUE MEU SENTIMENTO ME FAZ INDENTIFICAR COM O MAIS SIMPLES E ETC, E HJ EM DIA TRABALHO COM EMPRESÁRIO DO GRANDE MESTRE MESSIAS HOLANDA. UM MESTRE DA CULTURA DO CEARÁ!

    TEM MUITO MÉRITO POR UM LADO AGORA, VC TB TEM Q TOMAR CUIDADO COM ALGUMAS DECLARAÇÕES, VI UMA DECLARAÇÃO SUA RECENTEMENTE, DIZENDO Q VC ERA DE UMA GERAÇÃO NOVA DE SÃO PAULO E Q Ñ PODERIA FALAR DE SECA. E HJ VEJO A HISTORIA Q VC DIZ Q EM VEZ DE FALAR TRAIÇÃO E SACANAGEM E CACHAÇA DOS FOORRÓS ANTIGOS, VAMOS DIZER ASSIM. ENTÃO INFELIZMENTE VC VIVE NO FORRÓ MAS O SENTE E UM PENSAMENTO. PORQUE O FORRÓ E MUITO MAIS DO Q SECA SACANGEM ,CACHAÇA E TRAIÇÃO.

    E O RETRATO DA CULTURA DE UM POVO Q VIVIA NUMA SITUAÇÃO EXTREMA E Q FAZIA POESIA FALA, DE AMOR DE NATUREZA, DE SENTIMENTO E CRITICAS SOCIAIS E CIDADANIA TUDO Q VEM FALTANDO PARA OS DIAS DE HJ! TEM SEU MERITO PARABÉNS PELA MUSICA SOBRE SUSTENTABILIDADE INICIATIVAS E TUDO MAIS, MAS MAIS DO Q OBRIGAÇÃO QUANDO SOMOS CONSCIENTES E TEMOS ACESSO A ESSA GRANDE MÍDIA. PARABÉNS. MAS PROCURE SENTIR O FORRÓ PESQUISAR MAIS SE FOR O CASO A MÚSICA FORRÓ E EXPRESSÃO Ñ SO DO NORDESTE DO BRASIL E DO MUNDO, VC TEM UM GRANDE VALOR MAS TOME CUIDADO COMO DISSE O FORRÓ ESTA ACIMA DE TUDO E TODOS, TEM MUITO DJ ROOTS Q SE ACHA DEMAIS E SO ABRE A BOCA PRA FALAR BESTEIRA, CADA DIA APRENDO E MAIS COM PESSOAS Q FORAM PERCUSSORES DO FORRÓ ASSIM COMO MESSIAS HOLANDA E ACHO Q RESPEITO A TODOS DEVEMOS TER MAS ACHO Q O PÉ-DE-SERRA TEM Q ESTAR NA GRANDE MÍDIA, VC VE O SAMBA ERA DISCRIMINALIZADO COISA DE FAVELADO HJ TEM PROGRAMA NA GLOBO!

    VAMOS DE FORRÓ AUTÊNTICO. COM A BASE SEMPRE.

    QUE DEUS NOA ABENÇÕE!!!![

    ResponderExcluir
  10. Meu desabafo...
    Fico triste cada vez que presencio esse tipo de discussão, pois ao invés de unir, sinto que afasta cada vez mais.
    Eu vivi de forró, hoje eu sofro pelo forró, sofro porque eu amo e estou vendo minha paixão sangrar.
    Há 10 anos estou no forró, dei aulas, produzi festas e baladas, sempre levando a bandeira do forró, mas nunca estive tão distante quanto agora. Vivo uma confusão imensa porque eu freqüento os movimentos, vou aos “roots” da vida, daqui uma semana estarei em Itaúnas, meu namorado é zabumbeiro de um Trio tradicionalmente “pé-de-serra”, os meus amigos são praticamente todos do forró, isto é, tudo o que me cerca é o forró, mas estou cada vez mais distante disso tudo e o que me afasta é essa rixa idiota do forró.
    Quando fui ao forró pela primeira vez, fui porque esperava escutar Falamansa na balada, como universitária que eu era, eu buscava sim ouvir um forró universitário (sem fazer a menor ideia do que era isso afinal) e através de bandas como Falamansa, Bicho de Pé, Rastapé entre outras é que eu fui descobrir o quando de “raiz” existia ali, na mesma balada em que eu ouvia “xote dos milagres” eu também ouvia Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Os Três do Nordeste, e isso me encantava, ver gerações unidas pelo amor ao forró.
    Nas aulas em que eu dava, numa época em que era muito difícil conseguir músicas tradicionais de forró, pois internet era super limitada, dificílimo conseguir baixar músicas (senão impossível), eu sempre tentava usar algumas músicas conhecidas, o que atraia pessoas para as aulas e também as músicas que eu chamava de clássicas do forró, e não dividia em “universitário” e “pé-de-serra”. O que importava era a divulgação do forró e o respeito que existia dentro disso, afinal já era muito difícil romper a barreira do preconceito pelo forró em si, seja o gênero que for. Cansei de pedir para amigos comprar CDS para mim em São Paulo e mandar por sedex para Bauru (onde era praticamente impossível conseguir CDS de forró) e não dizia, “só manda o que for pé-de-serra”.
    Estamos perdendo muito por conta disso, infelizmente, eu não tenho mais nem tesão de dançar mais, pois fico enjoada só de pensar em ir numa balada de 150 pessoas (é o público de Bauru) e ver que eles se dividem em “panelinhas” em que se eu dançar com um lado não posso mais dançar com os do outro lado. Uma vez eu dancei com um amigo que disse “Você está dançando bem o forró pé-de-serra Suelen”, como se fosse um elogio, mas na verdade, para mim, aquilo foi uma ofensa, eu danço forró, eu danço aquilo que me conduzem e não “pé-de-serra”. Amo o forró, seja ele como for. Sinceramente, até gosto mais do “pé-de-serra”, é o estilo em que eu me identifico mais, que tenho mais sentimentos, mas não é por isso que vou renegar todo o resto, que faz parte da minha história, que foi a ponte que me trouxe até aqui.
    Para não perder meus amigos (e também meu namorado) que muitas vezes disseram para mim “tá na hora de abrir a cabeça” sempre que eu não defendia o pé-de-serra como eles queriam, eu decidi não ir mais ao forró daqui, pois toda vez que vou sinto que estão matando um pouco do que sinto pelo forró. Aí eu tento buscar o forró fora de Bauru, e percebo que é sempre a mesma coisa... essa rixa idiota. Eu ainda insisto, porque amo, mais fico muito triste com esse desrespeito que existe. Quem ama de verdade, aceita, respeita, acolhe... Que pena que isso acontece.

    ResponderExcluir
  11. Há muito tempo eu também tenho essa visão, acho que o forró está indo no sentido contrário, ao invés de se expandir, evoluir, tem ficado cada vez mais restrito,isso é uma injustiça com artistas que merecem nosso respeito e admiração, pois contribuiram muito para o ressurgimento do forró(FALAMANSA,RASTAPÉ,FORRÓÇACANA,CAIANA,CIRCULADÔ,RAIZ DO SANA,etc...e é uma injustiça com o público por que nos tira opções que poderíamos ter.Eu por exemplo, sou fã de Jackson do Pandeiro, Gonzaga, Ary Lobo ,Trio NOrdestino,curto muito as novas bandas e trios do movimento "ROOTS"(MEKETRÉFE,OS 4 MENSAGEIROS,Ó DO FORRÓ,DIEGO OLIVEIRA,o inconfundível MESTRINHO, são os caras que dominam São Paulo, mas também curtia muito, Banda Forroçana,que acabou,Caiana, que acabou, Circuladô, que acabou e muitas outras coisas boas que podiam ser denominadas modinhas(tirando o FORROÇACANA que acredito que sempre foi unânime em aprovações de público e crítica)mas que tinham muita qualidade, e eram comerciais, tinham perfil pra manter o forró mais à vista, como acontece com o sertanejo e o samba, que tem artistas mais tradicionais e artistas que inovam.E esse problema não é só dos artistas,quando fui atraído para forró, fui atraído também pela hospitalidade dos forrozeiros e forrozeiras, isso acabou, se você não dança do jeito "ROOTS", já te olham com desprezo,somos obrigados a nos adaptar ao jeito de outras pessoas dançarem, deixou de ser curtição, virou disputa ou não sei o quê.Concluindo acho que ser "ROOTS" na verdade é a pior modinha de todas, roots é modinha, e isso pode acabar com o forró, só torço e divulgo muito pra amigos,músicos,internet o quanto forró é bom, e tenho fé que DUANI e muitos outros artistas tem qualidade pra chegar a mídia e elevar o nome do forró pé de serra mais uma vez!!!Um abraço a TODOS os forrozeiros!!

    Wilke Soares - São Paulo - 12/07/2011

    ResponderExcluir
  12. Te apoio 100% tato!! Esse negócio de querer definir o forró "roots" ou não roots. Um exemplo é o povo que fica excluindo várias bandas que poderiam fazer sucesso, que poderiam contribuir pra evolução do forró, só porque não tem "o formato roots" que é o trio. Nada a ver isso aí!! ROOTS é o amor ao forró, cantado pelo mestre dominguinhos a muitos anos. O amor incondicional ao forró, isso sim é que vale. Porque só quem conhece sabe o quanto o forrozeiro de verdade AMA o forró pé de serra.

    Concordo com o amigo Chaves, abaixo, que falou sobre a descaracterização do forró. Ultimamente o que o povo vem chamando de forró é mais um brega, misturado com calypso (ritmo do pará, q nao tem nada a ver)...Mas isso é falta de informação e pesquisa. Isso é coisa da midia que quer simplificar as coisas pra vender mais!!!

    O forró pé de serra, o forró "original", quem conhece sabe, e nunca vai se perder. Só temos que incentivar as pessoas a conhecer, e saber do que estão falando, sem "pré-conceitos" e sem conclusões precipitadas.

    parabéns pelo texto.
    Juliana

    ResponderExcluir
  13. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  14. O movimento do Forró Pé de Serra não pode parar!
    O texto do Tato, além de muito bem escrito, foi produzido por alguém, que assim como os seus parceiros de Falamansa e outros grupos, como Rastapé e Forroçacana, alavancaram o forró para um enorme índice de popularidade, de 1998, para cá.
    Eu sempre curti o Forró! Acredito no Forró! Para mim, nada melhor do que um "Xote Coladinho"!
    Em todo esse pequeno período que curto um forrozinho (13 anos), percebo que o que era para ser popular se tornou seletivo, pois nós que conhecemos o forró a um pouquinho mais tempo, fomos recebidos e acolhidos pelos forrozeiros e forrozeiras daquela época, que se orgulhavam de ser simples, humildes e acolhedores. Hoje os visitantes em um forró assistem a um show de dança, no qual, para participarem eles tem que passar por uma preparação de meses (aulas de forró) e de tanto insistirem são aceitos, ou melhor dizendo, são selecionados.
    Eu gostaria de saber quem legitimou alguns dançarinos a promover essa seleção.
    Gostaria de saber o porquê que o que é “Pop” é tão repudiado e o que é “Roots” é tão venerado.
    Luiz Gonzaga planejou que o nosso Forró fosse popular (“Pop”), e olha que eu não conheço ninguém mais “Roots” e nem mais “Pop” do que ele, no forró.
    Que tal a minha proposta:
    Proponho que os forrozeiros mais “Roots”, trabalhem pela popularização destas raízes do forró e que ponham em prática os ensinamentos de Gonzagão, fazendo o ambiente do forró ser mais acessível, agradável e inclusivo.

    ResponderExcluir
  15. Eu vou completar meu comentário. Eu por algum tempo fui um dos que separavam, os que gostavam de bandinha e os que curtiam os sons de lps. Hoje, um pouco mais maduro acredito que sejam fases, mas que não precisam ser inimigas e sim parceiras.

    A maioria começa com Falamansa, Bicho de Pé etc... Depois vai querendo saber de onde vem aquele som, quais são suas origens e acaba se apaixonado pela raiz do forró, que seria Luiz Gonzaga, Jackson etc....

    Em relação à dança também é complicado, cada um dança de um jeito, mas sinto que rola sim um preconceito se o cara chuta ou se o cara gira. Acho que em relação a isso cada um escolhe o que gosta e o outro respeita.

    Acredito que muita gente está repensando sobre os pre-conceitos.

    Espero que os dois lados pense e se entenda....

    ResponderExcluir
  16. comecei no forró em 2001, aqui em Bauru, e o que importava para as pessoas que dançavam o forró nessa epoca, era o simples fato de dançar, ao som de Falamansa, Rastapé, Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Trio Nordestino, Trio Forrozão entre outros. Sempre gostei do ritmo, indiferente se era forrock, forreggae, forró universitário ou raiz. Como diz a música, "Ela ouviu dizer que o som é bom... e mandou me chamar Dizem por ai que é do bom... faz você se ligar."

    ResponderExcluir
  17. Simplificando tudo.... É uma questão de gosto, Respeito ao Forró e União.... Assim, o forró vai para frente!!

    ResponderExcluir
  18. O QUE É "ROOTS"? VEM DO NORTE DO BRASIL OU DA AMÉRICA DO NORTE?

    Como pesquisador de CULTURA POPULAR BRASILEIRA, já venho chamando a atenção sobre a falta de informação das pessoas que criam Clubinho e guetos que só dividem e não somam á nossa cultura.
    Sendo direto: LUIZ GONZAGA, DOMINGUINHOS, MESTRE ZINHO, TRIO NORDESTINO, JACKSON DO PANDEIRO...como quase todos os grandes mestres da BOA MUSICA BRASILEIRA, sempre inovaram sem perder as raizes.se hoje discutimos o forró, isto é possivel porque o INVENTOR MAIOR do genero (GONZAGÃO) fez de tudo para que este estilo se consolidasse na midia, isto nos idos anos 60.Gonzaga utilizava em gravações e shows uma formação riquissima de instrumentos, além da SANTISSIMA TRINDADE inventada por ele(Triangulo, zabumba e sanfona). Ele gravou com CAVAQUINHO, FLAUTAS, AGOGÔ, VIOLÃO 7 CORDAS, VIOLA, TROMBONE, BAIXO , BATERIA, GUITARRA....AI MEU DEUS, O VELHO LUA NÃO ERA "ROOTS"!!!!!.
    Termo preconceituosamente usado por alguns para dizer que até DOMINGUINHOS não é Roots porque usa varios instrumentos...mas o xodó dos ROOTS, meu queridissimo MESTRE ZINHO, foi um dos que mais usou bandas em suas gravações mais Clássicas.Ja me perguntaram: o que a VIOLA tem a ver com FORRÓ? Ninguém é obrigado a ser bem informado sobre o que consome, mas na biografia de LUIZ GONZAGA (mais de uma) ele diz ter se inspirado nas BATIDAS QUE OS VIOLEIROS DO NORDESTE FAZEM NO BOJO DA VIOLA para criar o BAIÃO!
    Eu adoro, como FOLCLORISTA e amante da BOA MUSICA BRASILEIRA, os sons puros:FORRÓ COM TRIO, COM PIFANOS, COM RABECA. COM VIOLA...e dependendo de quem toca, FORRÓ COM QUALQUER INSTRUMENTO desde que não perca a essencia da Cultura do NORTE E NORDESTE.
    Acho importantissima, e até fundamental a aparição do FALAMANSA na cena do forró, pois eles que nasceram no Sudeste (com exceção de Valdir do Acordeon) trouxeram sem nenhuma vergonha
    a ZABUMBA, SANFONA E TRIANGULO para as novas gerações, na frente da banda de apoio (linguagem que sempre usei tambem).Quer algo mais universal e legitimo para representar o forró do que FORRÓÇACANA, BICHO DE PÉ, DOMINGUINHOS...QUE SE UTILIZAM COM PROPRIEDADE de varios instrumentos?
    Ao mesmo tempo em que o forró NÃO NECESSITA de mais nada além da SANFONA, ZABUMBA e TRIANGULO...acho a sonoridade dos trios uma descoberta GENIAL...isto foi CRIADO POR GONZAGÃO QUE JA GRAVOU ATÉ COM ORQUESTRA COMPLETA.foi assim que o forró ganhou o MUNDO,já naquela época e por este motivo criei o projeto FORRÓ DO MUNDO e hoje estou morando na EUROPA tentando unir os produtores, forrozeiros, professores, musicos, em torno de um movimento sem rótulos e divisões. afinal, para ser ROOTS é preciso: DANÇAR DE CHINELO DE DEDO COM A CUECA APARECENDO PELA METADE? PARTICIPAR DE TODOS OS FESTIVAIS QUE LEVAM ESTA BANDEIRA, COMEÇANDO POR ITAUNAS? FALAR NA GIRIA DOS MANOS "E AEH< É NÓIS! NAUM é MERMO?" SER ROOTS É DELETAR COMPLETAMENTE O XOTE DO REPERTÓRIO? (Trios e supostos DJS) É olhar com preconceito todos aqueles que amam a cultura NORDESTINA AUTENTICA, mas que nesta encarnaÇão não nasceram por lá?
    OLHEMOS PARA NOSSA RAIZ, COMEÇANDO PELA NOSSA LINGUA QUE ESTA COMPLETAMENTE DISTORCIDA pelas girias pobres, PELAS LETRAS DE MUSICAS SEM POESIA, SEM CONTEUDO, COM RIMAS ÓBVIAS...e procurem
    ESTUDAR A PRÓPRIA CULTURA E HISTÓRIA DA MUSICA BRASILEIRA, reconhecida como uma das mais ricas do MUNDO...FALE A SUA LINGUA, SEJA RAIZ! -CANTE SUA ALDEIA, QUE CANTARÁS O UNIVERSO! U N I Ã O e consciencia, sem barreiras, regras, clubinhos, guetos e tudo o que não vem das RAIZES DO FORRÓ: FOR ALL/PARA TODOS e FORROBODÓ (fESTA COM VARIOS RITMOS)
    VEJAM o clipe oficial do FORRÓ DO MUNDO e ouçam a letra da musica "NA PEGADA DO BAIÃO"-homenagem aos grandes mestres!
    NEM ROOTS NEM UNIVERSITARIO...BRASILEIRO.
    E DÁ-LHE FORRÓ DA VEIA!
    Nào há nada igual ao forró!
    VEJA O CLIPE www.youtube.com/watch?v=hZjXFN1LjoI

    ResponderExcluir
  19. Vale a pena ver o Editorial do CANTO DA EMA sobre a Polemica ROOTS:
    A Força do Marketing, da Moda e a Incoerência dos "Fundamentalistas (*)"
    http://www.cantodaema.com.br/editorial/editorial.html?

    ResponderExcluir
  20. Bom...Estou de volta, e não vou me estender muito dessa vez....muitas coisas já foram faladas. Concordo em muitas coisas que o Miltinho disse, respeito muito a viola desse homem e sinto falta dele tocando...entretanto, o cerne do post dele é basicamente dizendo que todo mundo gravou e mistura um monte de instrumentos no forró (até Luiz Gonzaga)....quem pesquisa e gosta de forró sabe muito bem disso.....e a "discussão", ao meu ver, não é sobre termos (roots) ou a quantidade de instrumentos utilizados....mas sim a música, sentimento, poesia e qualidade musical que sai da união desses instrumentos (isso hj em dia é muito bem representado pelo quinteto D. Zaíra). Assim, meus caros...juntem o que vcs quiserem...mas não me façam engolir coisas ruins (se bem que é o gosto de kda um né). E continuo dizendo: imagine um sanduíche - Trio Nordestino, Mestre Zinho, Rouxinol Paraibano, Trio Dona Zéfa e Falamansa.....eu sinto que existe uma parte desse sanduíche que a gente quer comer rápido....para chegar logo no recheio.

    ResponderExcluir
  21. Vou resumir a minha opnião: Se alguém pode falar que é RAÍZ ou ROOTS do forró é o povo nordestino... Ou será que alguém acha que algum festival nosso chega aos pés de um São João de Campina Grande ou de Caruarú??? Mas o nordestino sabe dar ......valor ao que é seu!!!! Se você fala para um nordestino que você gosta de Luiz Gonzaga, Elba Ramalho, Dominguinhos, Alceu Valença ele vai te falar COM MUITO ORGULHO: EU TAMBÉM ADORO E É DA MINHA TERRA!!!! E por que não fazemos isso??? Queremos que o "nosso forró" seja apenas nosso e de mais ninguém esquecendo da essência da palavra FORRÓ = FOR ALL = PARA TODOS!!! E aí nos deparamos com os seguintes pensamentos: "Se a música toca na rádio não presta...", "Se a música é de um vinil velho e raro é melhor ainda... (alguns são raros pq eram tão ruins que nem fizeram sucesso... mas é raro, é roots e aí vira o sucesso!)... No último Forró da Melancia, pensei seriamente em trazer a Falamansa, inclusive comentei com várias pessoas que até não gostaram da idéia porque não era o que eles consideravam roots... Infelizmente, a correria para fechar a programação não nos deu tempo para viabilizarmos esta idéia... Mas conseguimos, já com essa idéia, trazer o Forró Malino, que foi outra banda que ESTOUROU em BH no ano de 2000 e depois que foi apedrejada por não ser roots... Quando as pessoas viram o Forró Malino no panfleto ficaram reclamando... mas no dia do show estavam lá na frente, com os olhinhos brilhando e falando "nossa, que época boa..."... Aquela nostalgia... E na minha opnião, foi um dos melhores shows que vi nesta última edição... E podem ter certeza que será a mesma coisa quando falamansa subir ao palco e fazer aquele show nostalgico...E QUEM NUNCA GOSTOU DE FALAMANSA QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA!!!!

    ResponderExcluir
  22. Muitos opinaram a suas visões e devemos respeitar todas.
    Forró é cultura,alegria,amizades,diversão etc...Apoiamos,criticamos etc .Amo de paixão esse ritimo,essa cultura rica q abrange pessoas de todas as raças e crenças.Espero que a nova geração continue com o trabalho maravilhoso sempre.
    Independente do gosto,do modo de dançar sejam abertos a opiniões.Discutir assuntos como esse é otimo para poder ver a visão de cada pessoa.Levar a serio é se respeitar tbm e aos outros.Viva nossa cultura,nosso forró.
    Chaves parabens pelo blog.
    Hoje gosto de escutar a musica que me agrada e que tenho vontade de dançar.Ao Tato meu agradecimento pois comecei escutando falamansa juntamente com musicas do luiz gonzaga.E ao Duani que "voltou"com uma grande presença sem perder a qualidade musical.
    Abraços á todos!!!=)

    ResponderExcluir
  23. Porra eu li este barato que este.....sei lá este oq escreveu...e acho que é uma pouca vergonha e uma Hipocrisia mesmo estas palavras esta revoltinha que ele coloca.......

    Quem foi para a Gringa e empinou o Nariz quando começou entrar na mídia foram eles e acho que agora que a modinha caiu e só ficou quem é de verdade isso deve doer para ele por isso que ficou rolando na cama........quem se coloca em uma posição de " Amor ao Forró " deveria estar no forró e aceitando que ele vem se modificando eu que existem pessoas que amam mesmo que tem direito a escolhas do que querem ouvir ou não ouvir...ele que diz que devemos respeitar o forró eletrônico acabou desrespeitando o Próprio Publico que continua no forró mesmo ele não sendo mais modinha.......e vem me falar de Ser Roots...fala serio ele não fez mais que a obrigação dele pelo ideal que tinha...é simples assim a vida não é facil e se ele lutou e chegou onde queria deveria ter mantido vendo as mudanças que ocorriam....é muito triste ler isso de uma cara que já foi um dos ico-nis do forró univercitario.

    O publico vai onde quer e para o publico querer tem que ter a programação em acensão.....

    EU sou Forrozeiro já fazem 14 anos e eu não iria em um show do Falamança....Já foi quem não renova fica no passado.

    ResponderExcluir
  24. Hoje Falamansa para mim é como se fosse um forró eletronico...simples assim....

    Mais valeu pelas sua palavras TATO....e vc que diz ter tanto amor pelo forró e que esta no topo ai de direitos autorais, que se coloca em sua superioridade...vai lá e banca estas bandas que citou e tudo isso pelo "amor ao forró"

    VALEU

    ResponderExcluir
  25. Aff, nem preciso fala nada em leonardo, somente o seu jeito culto de escrever ja deu pra perceber tudo.
    Tato é isso aí tamo junto...

    ResponderExcluir
  26. Curto apenas aquilo que me TOCA... E diante de tantas “vozes” eu opto pelo SILENCIO. (Raiani Rosa)

    ResponderExcluir
  27. Li e reli o texto do Tato e as diversas manifestações e opiniões, inclusive a de Arleno Farias, com a qual particularmente discordo em alguns trechos como "ROOTS entra nos lugares para falar mal de trabalhadores da música, artista bom pra eles é ARTISTA MORTO e ENTERRADO, literalmente. ROOTS exige que qualquer jovem que cante forró tenha que imitar voz de velho se quiser agradar, que trios não podem ter produção de palco nem ganhar grandes cachês..." e blábláblá... Bom, respeito a opinião dele porque cada um tem a sua mesmo, mas dizer que a galera só gosta de quem está morto é exagero. Temos revelações aclamadíssimas pelo público chamado "Roots": Bastião, Dona Zefa, Dona Zaíra, Juriti, Meketrefe... E da última vez que os vi, estavam bem vivos.
    Óbvio que muita coisa mudou dos anos 90 pra cá.
    Eu sou filha de nordestina e cresci ouvindo Elba Ramalho, Fagner, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, entre outros grandes nomes. Mas o tal forró universitário, conheci através de Falamansa na mídia, como a maioria. Depois, frequentando o KVA, me apaixonei por Peixelétrico, Chama Chuva, Circuladô, Baião de 4, Caiana, Raiz do Sana, Forroçacana... E, como continuei arrastando a sapatilha enquanto meus amigos de forró debandavam, acabei me aprofundando mais nas raízes e hoje tenho gostos diferentes do que há 15 anos.
    Com isso quero dizer que, de fato, as pessoas mudam seus gostos musicais e estilos de dança. Da mesma forma que mudam outros aspectos de suas vidas. Ou vai dizer que todo mundo aqui ainda gosta de Xuxa e dança passinho na balada? Rs...
    Porém, comercialmente falando, tem muito mais coisa envolvida aí. Não adianta culpar o público por ter se acostumado a pagar pouco para assistir a excelentes apresentações. Principalmente aqui em São Paulo. Quer queira, quer não, o público é esse. Quase não tem filhinho de papai no forró e as casas sabem que se cobrar caro o público corre. Uma pena que existam trios/bandas que cobram barato porque precisam. Quem não precisa tanto, faz seu preço, suas exigências e contrata quem quer, quem acha que vai dar retorno, mesmo porque ninguém abre casa noturna pra ter prejuízo, só por amor ao forró. Falar que o público acha bacana os artistas dormindo no chão e ganhando pouco é mentira. Mesmo porque, a maioria nem pára pra pensar nisso. O forró é negócio para os produtores, os músicos, as casas... Para a galera, é diversão.
    Infelizmente o forró pé-de-serra não lota casa de show de bacana. E isso, definitivamente, não significa que não se valoriza o trabalho de quem quer que seja. Tem muita gente que vara o Brasil de cabo a rabo, gastando o que não tem, pra ter o privilégio de ver os trios e bandas que gosta. Aqui em São Paulo é fácil o acesso a nomes consagrados, mas em outros lugares do Brasil não é.
    Sinceramente, não acredito que o forró pé-de-serra alcance novamente as proporções, em termos de popularização, que alcançou com Falamansa. Mas ainda tem gente na mídia que valoriza o que é bom. Esses dias vi Anastácia no Sr. Brasil, na TV Cultura. Rolando Boldrin é fodástico e sempre leva músicos excelentes em seu programa. Mas será que essa mídia interessa pra quem tá aí chorando as pitangas da exclusão? Acho que não. Acho que só interessa a grande mídia, né? E pra fazer esse sucesso em massa, vai ter que mudar o forró pé-de-serra, pra quem muita gente torce o nariz. Aí vai ficar bom... Quanto mais mídia, mais público, mais grana... E vice-versa. Mas peraí... Bom pra quem mesmo?

    A realidade é essa... E se for a esse custo que o forró pé-de-serra fará sucesso, prefiro mesmo que continue sendo um movimento fechado, pra quem gosta e respeita a cultura, o ritmo e as origens.

    Amor ao forró é, não dando pra viver de forró e tendo que ganhar dinheiro de outra forma, não desistir de tocar porque o som da zabumba acompanha a batida do seu coração. E se parar você morre.

    Pra quem conseguiu vender milhares de cópias e vive de direitos autorais, parabéns!!

    ResponderExcluir
  28. Antes do Forrò que foi conhecido como "Universitario", sò era possivel ouvir e dançar Pé de Serra em Sao Miguel Paulista, no Patativa, no CTN e em outros nucleos frequentados em sua grande maioria por nordestinos que viviam em Sampa. O Magno, o Paulinho, Remelexo, Galpao 16, Projeto Equilibrio, e KVA foram os responsaveis pelo Pé de Serra ter chegado a regiao de Pinheiros, Usp e a classe mèdia e alta em Sao Paulo. Eles apostavam nos trios tradicionais, como Sabià, Chamego, Bahia, Cristalino, Fuba, e tambem abriram espaço pra que os jovens que frequentavam seus forròs tivessem a oportunidade de se expressar artisticamente. Foi nesse celeiro musical que surgiu o tal Forrò Universitario, que alem de resgatar o Pè de Serra, nunca negou que ali estava a raiz deste movimento.Os frequentadores destes lugares expressaram musicalmente seu universo e cantaram o seu dia a dia, compondo musicas com influencias dos trios, mas fazendo da unica maneira que conseguiam,mesmo tendo pouco conhecimento da cultura nordestina na época. Do mesmo jeito como os grandes forrozeiros nordestinos fizeram no seu tempo. Todos eles mudaram a ordem vigente e sofreram criticas. Conversando com Dominguinhos, ele me disse que antes da sanfona era usado escaleta e rabeca no forrò. Gonzagao consagrou a sanfona, o triangulo e a zabumba, onde antes era usado pandeiro, ganzà e bumbo. Jackson foi criticado por tocar coco e samba, e por usar guitarra, mas quem pode falar mal desses mestres?
    Cada um tem seu lugar na història do forrò.
    Sò existe hoje essa discussao aqui, porque existiu esse tal de Forrò Universitario com suas bandas e suas musicas urbanas embasadas em sons nordestinos.
    Senao esses tais de Roots estariam dançando Hip Hop, Reggae, Rock ou mesmo esse Forrò eletronico que eles tanto criticam.
    Uma coisa nao precisa eliminar outra para viver.
    Ainda bem que existe muita gente que sabe o verdadeiro sentido da palavra forrò.

    ResponderExcluir

Subscribe and Follow

SUBSCRIBE NEWSLETTER

Get an email of every new post! We'll never share your address.