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Torcida única no estádio, retrocesso para o futebol

10:26

Ao confirmar que o primeiro clássico paulista, entre Palmeiras e Corinthians, no Allianz Parque, antigo Palestra Itália, seria com torcida única, a Federação Paulista de Futebol (FPF) deu mais um passo para trás, na verdadeira resolução da violência nos estádios de futebol.

Mais uma vez as autoridades usam medidas ineficientes, que escondem o problema  e que torna o esporte mais chato. Medidas que não punem os brigões fantasiados de torcedores, punem todos aqueles que gostam de futebol e fazem questão de acompanhar seu time, em todos os lugares.  Aquele torcedor que só teria a chance de conhecer a nova arena nos dias de clássico, também ficará impossibilitado de conferir o novo palco.

Primeiro inventaram que os torcedores organizados não poderiam entrar no estádio com suas camisas, o que dificultava ainda mais a identificação da Polícia Militar. Depois fizeram cadastramento de todos os membros e agora querem clássico com uma só torcida. Desse jeito, sou obrigado a concordar com Juca Kfouri, que disse que o próximo passo será um futebol sem bola e sem divididas mais duras.

Essa ação que foi proposta pelo Promotor de Justiça Paulo Castilho, não proibirá os torcedores mal intencionados de saírem as ruas no domingo, para brigar nas estações de metro e nos terminais de ônibus.  Essa ação beneficia apenas o Palmeiras, que terá carga maior de ingresso e com isso faturará mais, além de não correr o risco de ter suas cadeiras depredadas, assim como aconteceu no jogo entre as duas equipes, no Itaquerão.

Castilho segue o mesmo passo de um outro famoso promotor, Fernando Capez, que hoje é Deputado Estadual por São Paulo e está no terceiro mandato sem fazer nada para acabar com essa violência , que ele mesmo diz ter combatido.    

A verdade é que as brigas não acontecem dentro do estádio ou no seu arredor, as brigas acontecem no trajeto do torcedor, na maioria das vezes, lá na periferia, ou como costumam dizer, nas quebradas.

O que precisa acontecer é uma reforma nas leis do nosso País, identificar quem briga, quem mata, quem depreda e punir, não como torcedor, punir como cidadão comum.  Assim como deveria punir quem dirige embriagado e aquele político que rouba dinheiro público.

No último clássico, entre Corinthians e São Paulo que aconteceu na Arena Itaquera, não houve nenhuma ocorrência no trajeto. Torcedores são paulinos, foram e voltaram sem uma briga se quer, nem dentro, nem fora do estádio.  Acho que por isso a mídia estampou nas manchetes dos jornais que as músicas cantadas pelas organizadas eram homofóbicas.

Com a desculpa de deixar a ida ao estádio mais segura, estão deixando o esporte chato. Sem bandeiras, sem festa, sem alegria. Com muitas cadeiras e pouco espaço para pular e comemorar. O futebol está caminhando a passos largos para se tornar um novo tênis, ou golf.

Que saudade dos clássicos, no Morumbi, onde era dividido meio a meio, entre as duas torcidas.  

Foto: Internet 

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