Ao confirmar que o primeiro clássico paulista, entre
Palmeiras e Corinthians, no Allianz Parque, antigo Palestra Itália, seria com
torcida única, a Federação Paulista de Futebol (FPF) deu mais um passo para
trás, na verdadeira resolução da violência nos estádios de futebol.
Mais uma vez as autoridades usam medidas ineficientes, que
escondem o problema e que torna o esporte
mais chato. Medidas que não punem os brigões fantasiados de torcedores, punem
todos aqueles que gostam de futebol e fazem questão de acompanhar seu time, em
todos os lugares. Aquele torcedor que só
teria a chance de conhecer a nova arena nos dias de clássico, também ficará
impossibilitado de conferir o novo palco.
Primeiro inventaram que os torcedores organizados não
poderiam entrar no estádio com suas camisas, o que dificultava ainda mais a identificação
da Polícia Militar. Depois fizeram cadastramento de todos os membros e agora
querem clássico com uma só torcida. Desse jeito, sou obrigado a concordar com
Juca Kfouri, que disse que o próximo passo será um futebol sem bola e sem
divididas mais duras.
Essa ação que foi proposta pelo Promotor de Justiça Paulo
Castilho, não proibirá os torcedores mal intencionados de saírem as ruas no
domingo, para brigar nas estações de metro e nos terminais de ônibus. Essa ação beneficia apenas o Palmeiras, que
terá carga maior de ingresso e com isso faturará mais, além de não correr o
risco de ter suas cadeiras depredadas, assim como aconteceu no jogo entre as
duas equipes, no Itaquerão.
Castilho segue o mesmo passo de um outro famoso promotor,
Fernando Capez, que hoje é Deputado Estadual por São Paulo e está no terceiro
mandato sem fazer nada para acabar com essa violência , que ele mesmo diz ter
combatido.
A verdade é que as brigas não acontecem dentro do estádio ou
no seu arredor, as brigas acontecem no trajeto do torcedor, na maioria das
vezes, lá na periferia, ou como costumam dizer, nas quebradas.
O que precisa acontecer é uma reforma nas leis do nosso
País, identificar quem briga, quem mata, quem depreda e punir, não como
torcedor, punir como cidadão comum. Assim
como deveria punir quem dirige embriagado e aquele político que rouba dinheiro
público.
No último clássico,
entre Corinthians e São Paulo que aconteceu na Arena Itaquera, não houve
nenhuma ocorrência no trajeto. Torcedores são paulinos, foram e voltaram sem
uma briga se quer, nem dentro, nem fora do estádio. Acho que por isso a mídia estampou nas
manchetes dos jornais que as músicas cantadas pelas organizadas eram homofóbicas.
Com a desculpa de deixar a ida ao estádio mais segura, estão
deixando o esporte chato. Sem bandeiras, sem festa, sem alegria. Com muitas
cadeiras e pouco espaço para pular e comemorar. O futebol está caminhando a
passos largos para se tornar um novo tênis, ou golf.
Que saudade dos clássicos, no Morumbi, onde era dividido meio a meio, entre as duas torcidas.
Foto: Internet
A o confirmar que o primeiro clássico paulista, entre Palmeiras e Corinthians, no Allianz Parque, antigo Palestra Itália, seria com torci...