Começo esse meu post voltando no tempo, quando há aproximadamente cinco meses e alguns dias eu estava na fila para entrar no festival Rootstock e tive
a oportunidade de conversar com o Jah Araújo, que falou um pouco das suas ideias para o então
Nata Forrozeira, edição Prime. Desse diálogo destaco alguns pontos, como o
respeito ao público e a promessa, não de um evento sem falhas, mas sim de um
evento com menos erros possíveis.
Eu, como frequentador destes festivais desde 2007 confesso
que duvidei, mas paguei para ver. Sabia que um erro nesse evento poderia
decretar o fim dos forrós em sítios com longa duração, que ficaram conhecidos
como “roots”.
Felizmente, ele estava certo, conseguiu organizar um evento muito
bom e fez com que os forrozeiros voltassem a acreditar, pois a grande maioria estava
cansada de passar por tantos perrengues por falta de organização.
A escolha do sítio foi de fundamental importância para o
sucesso, pois o mesmo estava em um local de fácil acesso, próximo a cidade de
São Paulo, o que deixou a viagem mais barata. O lugar era organizado, com ar de
hotel fazenda.
Apesar de ser um acampamento, a área destinada as barracas
tinham tomadas individuais, o que foi uma grande surpresa.
Só acredito que a piscina tenha sido um pouco anulada em
função de todos os forrós serem realizados no salão principal. Mesmo com um som
perfeito naquele ambiente.
Pude ver bombeiros, enfermeiros e seguranças todos os dias.
A alimentação foi através de marmitex, sempre com arroz,
feijão, mistura, salada e um suco ou um refrigerante. No café da manha a
novidade foi uma fruta. Comida super gostosa por sinal.
Nas atrações, conseguiram aliar grandes nomes, com outros de
menos expressão. O que foi bom, pois
deram a oportunidade dos forrozeiros conhecerem outros trios, que não estão no
circuito do forró de São Paulo.
Uma das maiores reclamações dos outros eventos eram as intermináveis
filas e em momento algum eu presenciei, seja para o caixa, para comer ou para
entrar no sítio.
Acredito que a única falha tenha sido mesmo da falta de
água, o que deixou os banheiros, em alguns momentos, desapropriados para o uso.
Mesmo assim, acho que foi erro do dono do sítio, que deveria ter pensado e se
antecipado ao problema.
Só esse problema poderia ter manchado todo o evento, mas
tenho uma teoria para isso não ter acontecido.
Acredito que o novo formato tenha salvado o festival. As
bandas e os dj’s começavam a tocar as 10hs da manha e só paravam no outro dia
cedo. Isso fez com que cada um fosse tomar banho em um horário diferente,
descongestionando os banheiros. Por ter sempre uma atração, quem constatava a
falta de água para o banho voltava para o forró e mais tarde se banhava.
Imagine só todo mundo querendo tomar banho ao mesmo tempo e
o sítio sem água. Ia virar um inferno.
Outra coisa que eu não gostei foram os preços dos lanches
que estavam diferentes dos que foram divulgados no site.
Quero destacar alguns pontos:
-Primeiro a atenção dos produtores e de toda a equipe, eles
estavam sempre correndo, mas conseguiam um tempinho para perguntar se estava
tudo bem. A união de diversos produtores
a favor do forró também deve ser destacado.
-Não gostei de ver no
encerramento do evento o Trio Bastião, pois apesar de serem bastante animados, percebi
que muitas pessoas preferiram arrumar a
barraca ou descansar para a volta. Eu teria fechado com Ó do Forró, que fez um
show animal.
-No geral, o evento foi ótimo, conseguiu resgatar a crença do
forrozeiro que foi ao delírio e espera o próximo Nata Forrozeira, (que tem data
marcada para abril do ano que vem), com ansiedade e não com desconfiança, pois
o festival agora é uma realidade.
Parabéns a toda equipe do Nata e Viva o Forró Pé de Serra!!!
C omeço esse meu post voltando no tempo, quando há aproximadamente cinco meses e alguns dias eu estava na fila para entrar no festival R...